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Que país é esse? É a...

Que país é esse? É a...
Carolina Magalhães Cezar
jul. 2 - 4 min de leitura
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Que país é esse? É a... Difícil quem não termine essa frase e conheça a referencia de Renato Russo que, apesar da origem lá nos anos 1980, mantém-se tão atual, tão decepcionante e tão desconsoladora.

Aliás, pensar que o exercício do sufrágio está próximo talvez nunca tenha parecido impotente como agora ao povo. Mas calma, não se pode reclamar, afinal, ainda temos esse direito, conquistado com muito esforço, apesar de sua relevância soar meramente ilusória.

A imagem da Terra dos Desterrados, como dizia Dona Carlota Joaquina, aparentemente é deturpada desde que ele se conhece como gente. Ah é, importante lembrar também que só virou gente quando tornou-se “civilizado” ou seria doutrinado, melhor: adestrado, igual se faz com os bichos.

Que se faça, então, uma volta ao passado e à análise, tendenciosa ou não (tudo depende do ponto de vista), de como as coisas se estabeleceram por aqui... Não se sabe como estaria o território nacional sem a chegada dos portugueses, pois até onde se saiba, ninguém desenvolveu a habilidade de criar universos paralelos onde se analisem todas as possibilidades existentes tais quais Dr. Strange faz nas tramas da Marvel.

O Novas Orbis era desconhecido aos olhos dos europeus, sendo pautado em lendas. Mal se imaginava sua existência e havendo essa possibilidade, com certeza, seria habitada por monstros e animais selvagens (quem já foi ao exterior, em pleno século XXI, provavelmente escutou algo como a pergunta de como é morar na floresta), cheio de riquezas, ali, só esperando para servir àqueles que aparecessem primeiro.

Vera Cruz, a princípio, recebeu os lusitanos e as expectativas subiram, com um povo gentil, receptivo e prontinho para o maneio (semelhante à massa de manobra de hoje, não?), tornando os sonhos para a prática da avareza bastante executáveis.

Sua nomenclatura foi se direcionando paulatinamente a essa base confessional dos “forasteiros” (sim, desde sempre existiram bancadas religiosas) à Santa Cruz para só então virar Brasil, dada a abundância da madeira cor de brasa no território...

Diferentemente das colônias inglesas, por exemplo, aqui não se pensou no longo prazo (conhece essa história de políticas tapa-buracos?) e logo o rudimentar desenvolvimento econômico no escambo virou pura exploração (direitos humanos e/ou trabalhistas para quê?).

Pois bem, a escravidão foi facilmente dissipada e com alicerce no extrativismo vegetal e posteriormente mineral, o Brasil deitou muito para ser usado como no bordão de “Gabriela”.

Cada vez com maiores interesses na terra, mais imigrantes vieram e junto deles um tanto de racionalização e iluminismo até influenciou em algumas mudanças (como aquele período em que “o gigante acordou”), mas para que o Quinto dos Infernos se tornasse lucrativo e sustentável “de verdade”, só mediante àquele impostinho maroto...

Corrupção na política então? Só lembrar de como todo o período das Grandes Navegações foi financiado (partidos políticos? Oi? Quem?) e do famoso 4o. Poder (bem distante da teoria de Montesquieu “Cours de Politique Constitutionnelle”) na época do Império, chamado moderador, cuja realização se dava pelo próprio Rei autoritário, que mandava e desmandava de acordo com a sua vontade pessoal (ou seria a vontade de Deus, já que a linhagem real fora escolhida por ele na representação de suas vontades na Terra, risos).

Intervenção federal por parte dos policiais? Sim, teve, desde bem antes da ditadura. Afinal, ninguém esquece do Mártir Tiradentes... Ou será que não podemos falar assim, vai que ofende?

A questão aqui é a necessidade pungente de tomar consciência da situação do país, pesquisar, ir atrás dos portais da transparência (eles existem e são muito interessantes!) e cobrar de quem está mais próximo, começa pelx vereadorx que você votou... Não lembra quem era? Então o erro é crasso viu, vai atrás de algum que tenha ideias parecidas com as suas e cobre delx.

Veja debates, leia as notícias, procure mais e faça jus a sua existência nesse Estado Cidadão.

 

OBS.:Para os curiosos, legal dar uma olhada nas obras de Gilberto Freyre “Casa Grande & Senzala”, de Sérgio Buarque de Holanda “Raízes do Brasil”, de Gustavo Barroso “O Brasil Na Lenda e Na Cartografia Antiga” e de Darcy Ribeiro “O Povo Brasileiro”.


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