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O que precisa acontecer para ter uma solução em Curitiba?

O que precisa acontecer para ter uma solução em Curitiba?
Rafael Cardoso
mai. 6 - 6 min de leitura
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O que precisa acontecer para ter uma solução em Curitiba? O Brasil discute de forma eloquente tudo sobre o caso mais emblemático da política brasileira das últimas décadas. O episódio sobre a condenação e prisão do educando Lula ainda não teve um desfecho. Tal como os filmes de finais abertos, a população curitiba, mais precisamente que reside no bairro do Santa Cândida, espera um final feliz para um filme tão anunciado.

O grande problema de toda essa contextualização está na logística despreparada para um preso tão popular. Talvez nem a polícia federal, a força tarefa da Lava Jato ou o sistema judiciário inteiro poderia imaginar a quantidade de dificuldades desta situação.

Episódios de violência estão acontecendo a todo instante por conta da aglomeração de pessoas numa região sem estrutura física ou de segurança para suportar tais atividades.

Houve desde o primeiro dia confusão após confusão. E neste processo de tumulto, quem mais sofre com estas atitudes, atividades e ações pouco cívicas são os moradores e os transeuntes da região. Tornou-se para alguns uma situação insustentável. Há pequenos eventos de pessoas que, constantemente, criam embates com os manifestantes do tal acampamento Lula Livre, como se isso fosse possível.

Enquanto as autoridades do executivo e da segurança pública ficam inertes aos crescentes conflitos, a mídia jornalística atua de forma pouco cívica, pois questiona os apelos sobre soluções mais responsáveis sobre o desfecho do problema.

O que precisa acontecer para mudar esta situação no bairro Santa Cândida, em Curitiba?

Eventos estão acontecendo todos os dias com o enfrentamento de moradores exigindo paz em sua rua. E estes conflitos não chegam à mídia, pois são resolvidos a sua maneira, seja pela contenção de exaltados ou pela incrível tolerância que a vizinhança exercita todo santo dia. A paz dos moradores foi tomada de assalto por manifestantes pouco preocupados com a convivência e a responsabilidade cívica.

Os moradores e transeuntes estão em situação de desespero. E isso não se trata de algo provocado por escolhas. Tudo isso é imposto por conta de uma série de decisões pouco refletidas sob o impacto social.

Enquanto todos querem discutir a legitimidade da prisão de Lula, os curitibanos estão sofrendo por falta de liberdade. A situação é tão caótica que moradores estão ficando presos em suas casas por impedimento destes manifestantes sobre as saídas das residências. E isso está afetando a saúde física e mental de pessoas que não têm nada a ver com a disputa de poder em constante exercício pelas autoridades, lideranças e entidades.

As autoridades estão inertes por conta das inertes decisões que o poder judiciário está propondo. Afinal de contas, por motivos pouco esclarecedores, a própria Força Tarefa da Lava Jato está defendendo a permanência de Lula na sede da Polícia Federal. Inclusive, a própria superintendência da PF já deixou claro que não tem condições de continuar a bancar a estrutura necessária para manter o esquema de segurança exigido pela situação inusitada.

Tudo se trata de disputa de poder

A população não pode contar nem com as autoridades representativas que foram elegidas para proteger seus direitos. Infelizmente, políticos de representação paranaense estão em conluio com a disputa de poder e defendem sua hegemonia política ao invés de zelar pelo interesse do povo que lhe elegeu.

Gleisi Hofffmann demonstra sua irresponsabilidade como política quando apoia a invasão dos manifestantes no bairro, e por consequência, nas casas afetadas diretamente pelo movimento.

Gleisi é a representação da traição política que cometeu aos paranaenses. Afirmo isso com convicção sobre suas atitudes e não suas preferências ideológicas. Nada neste episódio pode justificar as irresponsabilidades de um movimento que toma de refém a liberdade do paranaense que vive perto da sede da Polícia Federal.

Tal como Gleisi, ainda temos outros políticos que sempre estão apoiando e incentivando os integrantes do acampamento a resistirem, como se isso fosse possível no mundo aonde vivemos hoje. Resistir a quê? É um despreendimento da realidade tão absurdo que quase caracteriza alienação se não fosse sem-vergonhice.

O meio artístico deveria também usar toda sua erudição para construir outras alternativas de manifestação, afinal de contas, eles são os formadores de opinião que teoricamente deveriam estar alinhando responsabilidades sobre ideias construtivas. O apoio a estas manifestações irresponsáveis é absurda. Por que Lucélia Santos não compra uma casa ali e aproveita então essa histeria coletiva?

A temperatura está aumentando na sede da Polícia Federal

O que estamos vendo é cada vez mais preocupante. Isso porque a temperatura dos conflitos estão aumentando num ambiente explosivo. Muito mais pessoas são afetadas com as movimentações dos anárquicos pró-Lula. Pessoas que não conseguem se programar para retirar seus passaportes, além de outros serviços afetados por falta de estrutura e trânsito.

E a temperatura vai aumentando.

Confesso que me irrita só de ver o vídeo, imagina quem precisa suportar isso todos os dias. Tenho grande solidariedade por quem sofre com essa situação.

Eventos violentos estão cada vez mais comum e tenho receio que eles acabem se tornando corriqueiros ao ponto de não nos chocarmos mais com estas situações. No momento que isso acontecer, pode ter certeza que a solução está perdida. E o que não tem solução, solucionado está. Resta ao morador descontente a saída da região.

A Prefeitura de Curitiba também está em constante alarde para que haja uma solução diferente para esta questão. No entanto, ainda não há movimentação dos responsáveis para trazer uma solução permanente sobre o conflito.

Aí vem a pergunta mais uma vez... O que precisa acontecer?

 


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