Dony De Nuccio, revelação da Globonews e substituto de Evaristo Costa na bancada de um dos telejornais mais tradicionais da televisão brasileira, pediu demissão em carta ao diretor de jornalismo Ali Kamel depois de ser associado a contratos milionários.
Segundo a Globo, Dony teria quebrado o decoro ético ao promover assessoria de comunicação com alto poder de projeção nas pautas dos jornais da emissora.
De Nuccio tentou se defender, ao que tudo indica, por semanas, mas não suportou a pressão e pediu as contas em carta formal. No conteúdo do documento, o jornalista alega ingenuidade e falta de memória para fatos constatados em contratos e notas fiscais.
Consequências da empresa
Obviamente, a Globo já divulgou que irá mudar seu regimento ético interno para trazer mais transparência ao quadro de jornalistas. Segundo a empresa, seu código de ética terá o acréscimo desta ressalva profissional impedindo o jornalista de explorar, mesmo que indiretamente, seu poder de influência para vantagens comerciais.
Certamente, essa premissa joga à luz o poder que a empresa de comunicação tem sobre seus colaboradores. Afinal de contas, quem pode explorar comercialmente, a bel prazer, as pautas do jornalismo é a empresa que detém da concessão, e ninguém mais.
Evaristo Costa pode voltar?
Assim, Dony deixa o quadro jornalístico da Globo com fama negativa, mas contatos vantajosos para negócios particulares bastante promissores.
Ao ser evocado nas redes sociais para que volte, Evaristo Costa demonstrou desapego ao retorno com bom humor. Vida que segue.
O crédito para o processo investigativo deve ser dado ao site Notícias na TV, que trouxe este espectro nebuloso da vida profissional de Dony De Nuccio.