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39% faz Bolsonaro Presidente

39% faz Bolsonaro Presidente
Rafael Cardoso
out. 4 - 4 min de leitura
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Bolsonaro será presidente do Brasil, caso confirme aquilo que está sendo aferido nas diversas pesquisas eleitorais divulgadas nestas eleições 2018.

Projeções estatísticas revelam que se o percentual de 39% for alcançado no primeiro turno em prol do capitão da reserva, Bolsonaro será eleito ainda no primeiro turno.

Para isso acontecer, há necessidade das perspectivas sobre a quantidade de votos válidos se manter na média aferida nas pesquisas eleitorais. O que gira em torno de 17 a 22 por cento. Aliás, quanto mais aumentar a taxa de votos nulos e brancos, mais beneficiará a eleição de Jair Messias Bolsonaro.

O efeito PT Saudações

Essa alavanca gerada pelas preferências dos eleitores que dão clara vantagem ao candidato do PSL tem sentindo se entendermos que a rejeição do cidadão ao passado recente dos governos Lula / Dilma causam na maioria dos brasileiros.

Muitas pessoas não tem certeza sobre suas preferências e simpatias políticas, mas tem claro aquilo que não querem novamente. Por isso, Bolsonaro conseguiu vetorizar a figura do candidato antagonista ao PT. Inclusive, sem planejar essa consequência, dinamitou a única função histórica que ainda justificava a relevância e existência do PSDB.

O Titanic chamado PSDB

A comparação com o histórico navio faz todo sentido. O Titanic foi uma embarcação luxuosa que se privilegiou de uma expectativa panfletarias para valorizar sua existência. Porém, ficou longe das promessas logo na primeira viagem, justamente aquela que exigiria dele o poder que vendeu para o mundo.

O Titanic demonstra como discursos não sustentam ações e consequências. Exatamente, como o PSDB. Partido que surgiu de um contexto bastante elitizado, abrindo contraditórios ideológicos pouco esclarecidos aos próprios integrantes, simpatizando com valores completamente distantes de seus pilares morais (lembre que FHC queria sustentar políticas neoliberais de Tatcher), demonstrando antagonismo confortável diante os outsiders do PT à época de bonança econômica mundial.

Quando o PSDB foi exigido em sua primeira experiência como oposição, obviamente, a partir de 2014, apagou-se perante alguns protagonistas do legislativo de grande relevância diante o movimento de impeachment de Dilma Rousseff. Aécio, desnudado em sua reputação e ética, abriu o caminho para a erosão atuante em projeção geométrica dos tucanos.

Quem poderia oxigenar o partido de FHC seria João Doria. Ele poderia ser o candidato que traria o sentimento de centralização perante o eleitor que não está contente com a escolha de Bolsonaro, lembrando que o candidato do PSL cresce por conta da aversão ao PT. Diria seria a pessoa ideal para trazer o PSDB no jogo da política. O atual candidato ao governo de São Paulo traria ainda a figura de “gestor”, tal como ele gosta de lembrar. Também, Doria na sofreria com a rejeição dos paulistanos por conta de suas promessas como prefeito quebradas diante as eleições 2018. O empresário ex-prefeito eleito em 2016 em São Paulo poderia ainda capitanear a popularidade de outrora e conquistar mais chances que o enfadonho picolé de chuchu Geraldo Alckmin.

Erros terríveis foram cometidos pelas lideranças do PSDB e beneficiaram o posicionamento de Bolsonaro, vetor do sentimento negativo chamado anti-petismo. Erros mais frequentes, novamente, demonstrando a falta de sensibilidade em enxergar as expectativas dos cidadãos, aumentaram a mediocridade daqueles que representavam diretamente o ponto nocivo da política, ou seja, a tradição do político longevo.

FHC hoje é o capitão do Titanic, pois se tranca em sua cabine esperando o barco afundar, compreendendo que não há mais solução para o destino dos pomposos tucanos.

Agora o eleitor precisa entender quais as consequências disso para o Brasil a partir de 2019. Mas isso é um papo para outro post.


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