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Por que o Vice-Presidente é tão importante nestas eleições 2018?

Por que o Vice-Presidente é tão importante nestas eleições 2018?
Rafael Cardoso
set. 5 - 3 min de leitura
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Um vice-presidente governa o país atualmente. Fato! Desde a fundação da república, em 1889, o Brasil teve 8 vice-presidentes que assumiram o comando da nação. Alguns deles foram protagonistas de manobras políticas capazes de configurar um golpe, não necessariamente justificando o último caso.

Porém, começamos a república de Deodoro com um golpe. Marechal Floriano deu início a uma pobre tradição. Golpes são frequentes na recente democracia brasileira. E este cenário faz desavisados, realmente, vislumbrarem o ritual de Dilma Rousseff um golpe. Poucos compreendem que golpes não são ações amparadas por leis e ritos. Golpes são golpes. E a história está cheia de exemplos claros.

Sem desviar do assunto principal. No entanto, entendendo que este assunto faz parte do assunto, perdoem o eco irônico, os vices sempre tiveram a herança maldita de resgatar um Estado fragilizado.

Recentemente, nos últimos 33 anos tivemos a ascensão de 3 vices-presidentes. A trágica morte de Tancredo Neves abriu o caminho para o medíocre José Sarney. Após a renúncia de Collor - (sim, Collor renunciou horas antes da realização da votação de impeachment), absolvido pelo STF anos depois, deu caminho a Itamar Franco. Enfim, nos idos de 2016, Michel Temer assume após a impichada do Partido dos Trabalhadores.

São muitos vices assumindo num recorte pequeno da história da república. Por isso, hoje há interesse da mídia em fazer eventos tal como o que aconteceu promovido pela revista Veja, ao qual Eduardo Jorge, Ana Amélia, Hamilton Mourão e Paulo Rabelo de Castro discutiram os planos de governo defendidos pela chapa que fazem parte.

Pode-se dizer que hoje em dia, eles dividem o protagonismo com os majoritários candidatos no contexto político que nos encontramos nestas eleições 2018. A política hoje é pautada por referências, sejam elas presentes ou ausentes. Os vices conseguem agregar valores que não se identificam nos candidatos principais, mas também sustentam ideias relativizadas pelo mesmo contexto da política que tentam fugir como estigmas.

É confuso? Pode ter certeza que sim. Numa eleição que precisamos fazer força para suportar aquilo que está disponível ao voto, devemos mesmo sentir a confusão que aflige grande parte dos eleitores.

Porém, segue o baile com a peleja jurídica para a consolidação de quem é vice por aproximação e candidato a presidente por direito. Entendendo que os vices nestas eleições chamam mais atenção que os candidatos discretos que já ocuparam a cadeira por tantos anos, tal como José de Alencar ou Marco Maciel.


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