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Pesquisa Eleitoral sugere orientação para Haddad

Pesquisa Eleitoral sugere orientação para Haddad
Rafael Cardoso
ago. 31 - 3 min de leitura
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A pesquisa eleitoral que não compreende o impacto na sociedade de suas investigações por meio de critérios estatísticos, pode criar um ambiente hostil ao voto ideológico, ou também conhecido como voto espontâneo.

Isso se mostra extremamente visível diante a elaboração da pesquisa realizada pela XP/Ipespe, divulgada hoje nos principais meios de comunicação. A elaboração de uma pergunta relativa à preferência do eleitor valorizando a informação de que Fernando Haddad é a preferência de Lula, demonstra como estamos à beira de um extrato social polarizado até na aferição das informações.

Por que isso é relevante? Porque com essa frase de indução ao nome de Ferando Haddad, o candidato do PT consegue aparecer em segundo lugar diante da disputa. Essa perspectiva coloca o ex-ministro da educação no segundo turno. O que muda completamente o jogo de cartas da política nas eleições 2018. Falar disso usando a indução é desmerecer completamente as outras aferições por outros institutos de pesquisas que não criaram essa armadilha ao eleitor aferido.

Quando há, efetivamente, a construção desta narrativa, associando Haddad a Lula como o vetor oficial de um eleitor lulista, porém, pouco atraído pela bandeira do Partido dos Trabalhadores, percebe-se o viés de condução para um resultado mais esperado.

Se levarmos em consideração as outras pesquisas, cujas aferições não enfatizavam esta perspectiva, Haddad não é expressivamente notado, tanto que chega a aparecer em alguns casos até atrás do candidato do Novo, João Amoêdo.

Se a alcunha aparecesse desde o início, compreendendo esta informação relevante para tal aferição desde as primeiras realizações das pesquisas eleitorais, poderíamos compreender que o fato hipotética de transferência de votos para o candidato viável do PT poderia se dar pela informação sublinhada, ou seja, Fernando Haddad "apoiado por Lula".

Essa expressão é tão irresponsável que poderia demonstrar o mesmo efeito se Marina Silva, Ciro Gomes ou até Henrique Meirelles aparecesse com essa mesma informação sublinhada. Obviamente, a chancela desta informação contemplaria aquele que está com esse selo. Fernando Haddad, distanciado deste título, perde completamente o interesse dos desavisados, indecisos e nostálgicos do populismo de Lula.

Por isso, simplesmente colar diante das pesquisas a pecha de Haddad, apoiado por Lula, é demonstrar desonestidade intelectual por parte dos organizadores, pois há outras formas de se construir esta leitura sem induzir de forma lesiva o eleitor que está sendo entrevistado.

Uma pena atestar que a pesquisa realizada pela empresa de estatísticas seja trabalho perdido sob a perspectiva cívica para defender um movimento ideológico construído por um grupo político corroído pelo poder cego e corrupto.

Você concorda com o meu ponto de vista? Pode comentar aqui e promover comigo uma divergência construtiva ou atestar de forma convergente o que eu argumento. O mais importante é estabelecermos o debate para a reflexão construtiva, tal como todos os dias, sempre de segunda a sexta, eu promovo no Broadcast Estado Cidadão. Já viu o programa de hoje? Pode assistir aqui ou até mesmo escutar na nossa plataforma oficial do SoundCloud.

 


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