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Lula Underwood e o House of Cards brasileiro

Lula Underwood e o House of Cards brasileiro
Rafael Cardoso
ago. 6 - 3 min de leitura
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No final da quarta temporada de House of Cards, Lula Underwood olha para a câmera e diz: Eu quero caos!

Nesse final de semana o PT fechou questão sobre a candidatura presidencial para as eleições. E aquilo que parecia folclore, acabou se tornando realidade. Lula, embevecido pela vaidade de ser líder na maioria das pesquisas eleitorais, em carta divulga a ordem de ser candidato a presidente da república, tal como o papado divulga a escolha de um novo representante de Deus.

Obviamente, para completar o folclore das eleições Lula demonstra que não tem o menor senso de coletividade e usa sua força de decisão na tentativa de gerar o caos jurídico no processo eleitoral.

O caos das eleições proposto pelo PT

Livre de uma agenda propositiva, o Partido dos Trabalhadores joga fora a recuperação que poderia começar diante de um poder de comunicação privilegiado no pleito. Afinal de contas, os “companheiros” terão o segundo maior tempo de televisão na propaganda eleitoral obrigatória. Era esse espaço a ferramenta para defender uma nova linha ideológica capaz de recuperar parte de um prestígio em fragmentos pelos escândalos de corrupção. Uma pena. Lula tomou de assalto uma legenda sem reconhecer qualquer compromisso desde os tempos de presidente.

Ao insistir na linha de disputa presidencial consolidada nesse final de semana, o PT apenas se distanciou da grande massa órfã dos eleitores decepcionados que ainda tinha certa esperança na coerência da “companheirada”. O PT caminha para uma guerra jurídica, política e socioeconômica na busca pela prova que fortalece o discurso da injustiça. Assim, seus líderes presos e acusados são vítimas de uma conspiração generalizada em todos os níveis do poder institucional.

Lula preso desafia todas as leis que sancionou. Uma delas, a ficha limpa, deveria ter um aditivo ressaltando que a aplicação desta normativa só é válida desde que isente o autor de sua aplicação.

Aliança da madrugada

PT e PC do B enfim firmam a parceria de anos. Manuela D’ Ávila será vice do capo. Para completar a analogia, Claire foi revelada no mundo do House of Cards brasileiro. A cúmplice de Lula Underwood tem as mesmas características da ficção, ou seja, carismática, jovial, empoderada, representante do voto feminino, cúmplice da ambição pelo poder a qualquer custo.

Nessa engenharia do poder, tudo é prioridade para eles, menos as necessidades do cidadão. Conhece esse cara? O cidadão é um mal necessário para esse plantel de condenados que querem voltar ao poder.

Esse final de semana se confirmou uma das eleições mais folclóricas da história republicana. Pouca qualidade política, pouco interesse pelo cidadão e muita vaidade no jogo do poder.


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