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Isso salvará Flávio Bolsonaro do escândalo da ALERJ

Isso salvará Flávio Bolsonaro do escândalo da ALERJ
Rafael Cardoso
dez. 21 - 3 min de leitura
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Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo PSL, filho do presidente eleito,  só tem uma escolha para se salvar do escândalo que poderá enfraquecer a popularidade do presidente eleito: partir para a guerra contra o crime organizado!

A lacração do STF, que poderia beneficiar Lula preso, demonstrou que a mídia é suscetível ao apelo popular. Uma das bandeiras que fez a ascensão da família Bolsonaro, além do fantasma do PT, também foi o combate ao crime organizado.

Flávio Bolsonaro senador em 2019

Toda a polêmica que envolve Flávio Bolsonaro parece exagero quando percebemos o volume de dinheiro questionado. Porém, ele também está degustando o movimento que será contínuo durante todo o seu mandato como senador. Se não passar por isso, poderá ser vítima fácil contra a oposição.

Há no mesmo movimento de fiscalização outros protagonistas bem mais empoderados. O primeiro político foco de investigação tem movimentações em torno de 49 milhões, contraponto o pouco mais de 1 milhão que Fabricio precisa explicar.

Certamente, Flávio Bolsonaro precisa também se preocupar com isso, principalmente, porque tem efeito dominó sobre o próprio pai. A rede de ligações chega ao gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. E este processo também pode manchar a reputação que elegeu o mito.

Flávio pega carona no prestígio do pai e precisa se preocupar com o legado planejado pelos Bolsonaros. Por isso, há grande apelo popular para que haja reação deles sobre o escândalo.

Nesta perspectiva, o que pode jogar o interesse da mídia longe do motorista; que não compareceu na audiência marcada no MPF, é justamente a ativação das bandeiras de enfrentamento que elegeram os novos políticos.

Vale ressaltar que o depoimento de Fabricio Queiroz foi remarcado para hoje no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Esse depoimento é referente à varredura das contas relativas a assessores parlamentares que faziam parte da ALERJ.

Quem é o arqui-inimigo dos Bolsonaros?

Antes o antagonista de Jair Bolsonaro era o lulopetismo. Isso pautou a polarização que culminou nas eleições 2018. E agora? Quem será o novo coringa da Liga da Justiça Bolsonara?

Certamente, Isso é bastante importante para continuar o movimento de engajamento que transformou Bolsonaro no presidente eleito até 2022, pelo menos em teoria.

Contra o crime organizado

Ao focar no combate ao crime organizado, Flávio Bolsonaro estará relembrando seu eleitorado sobre as bandeiras que empunhou na campanha. Além disso, ele também focará a mira da mídia no alvo desejado.

Hoje o crime organizado está focado no PCC, inclusive, com a exposição de planos de assassinatos de políticos eleitos nas eleições 2018. Assim, os Bolsonaros terão um novo propósito e poderão ter o exercício do eleitorado em movimento.

Com esta metáfora, vemos de forma explícita que os heróis só fazem sentido quando contrapostos por seus antagonistas. Afinal de contas, a política se tornou disputa entre o bem e o mal, obviamente, de acordo com as pontos de vistas dos seus articuladores.

Para o PT (ou a corrente esquerda) os Bolsonaros são os maléficos bandidos. Para os Bolsonaros e todo o seu eleitorado, os esquerdistas são os arqui-inimigos. Com este processo de interpretação, ambos se beneficiam com a polarização reforçando o posicionamento para as confrarias.

Agora esse universo esfriou, mas a necessidade da polarização continua.


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